22 julho 2007

2 dedos de conversa com João Pedro

João Pedro, nascido a 31 de Janeiro de 1991, é um jogador fantasista que num pequeno pedaço de terreno pode brilhar e levar a defesa ao desespero.

Qual o teu percurso ate chegar ao Académico?
Cheguei ao CAF como muitos chegaram, na altura ou seja vim mesmo só para treinar e ver se então ficava no plantel. Na altura o mister era um grande homem Nuno Mirandez que presentemente treina o Repesenses.

Durante o tempo que já joga futebol decerto já tiveste bons momentos. De qual te recordas mais?
Lembro-me sem duvida de muitos bons momentos que nessa época passamos e eram os momentos menos bons que nos uniam mais. Melhor momento para mim sem dúvida o meu primeiro jogo com a camisola do CAF em infantis, pois na altura facturei dois golos e não parava em casa de tanta alegria e orgulho em mim próprio.

E algum momento para esquecer?
Momento para esquecer nesse mesmo campeonato fomos disputar em Repeses um jogo decisivo que dava o acesso a final de infantis. Estivemos a ganhar por 2-0 mas acabamos por perder por 3-2 graças a um senhor que diz ser arbitro.

Que treinador te lembras melhor por te ter marcado até agora?
O melhor treinador de sempre: Nuno Mirandez.

Sendo um jogador que assistiu ao término de um clube, como foi sentires o fim do CAF?
O CAF era o clube por quem sonhava todas as noites em lá poder jogar, o fim dele foi muito mau mesmo nem queria acreditar naquilo que estava a acontecer. Na altura os iniciados estavam em 3 lugar, julgo eu, e íamos jogar em Coimbra frente ao União que se encontrava em 4 lugar era um jogo importantíssimo.

Este Académico é muito diferente do velho CAF?
Sem duvida alguma, na minha opinião não tem nada a ver!

O que achaste do campeonato realizado pelos jovens juvenis academistas?
Muita união entre nós que foi o que ainda nos deu algumas alegrias.

Falando mais concretamente desta época após um bom começo a equipa teve a sua primeira derrota na 6 jornada e ressentiu-se. A que se deveu este momento negativo?
Nesse momento ainda não estava no académico encontrava-me no Repesesenses mas devido a problemas internos entre os 2 clubes regressei de novo ao Académico.

Para si qual foi o jogo fulcral para que a fase final não fosse atingida?
Academico contra o Mortágua. Entramos a dormir e pagamos por isso.

O que faltou para que esse objectivo da fase final não fosse concretizado.
Faltou muita coisa mesmo. ( prefiro não comentar)

Dos jogadores que viste alinhar durante o campeonato será possível definir para nós a sua equipa “de sonho”?
Creio que não há equipas de sonho no meu ver mas para mim a nossa equipa era muito unida e por isso fizemos uma excelente segunda volta sem derrotas.

Sendo das equipas que mais adeptos e apoio levavam aos estádios, quer em casa quer fora, como sentiram por vezes o menor apoio dado pelos adeptos em casa?
Sempre fomos apoiados pelos verdadeiros academistas.
Aqueles que batem palmas quando estamos em alta e nos deitam a baixo quando estamos mal não são no meu ver adeptos do futebol.

Que sonho alimentas agora?
Sonho voltar a ver o CAF ao seu alto nível.

Tens algum ídolo?
Ricardo Sá Pinto pela garra e determinação.

Uma palavra final para os sócios, adeptos e leitores do blog das camadas jovens.
Para todos os associados a este grande clube, eles que nunca deixem de nos apoiar desde escolas aos seniores , porque eles são a alma deste clube.

O nosso muito obrigado pela ajuda que nos deu na realização desta entrevista e votos de sucesso nesta nova época que se avizinha de forma a que o objectivo dos Nacionais seja concretizada.

Um abraço
Jorge Sá

20 julho 2007

João Aguiar à conversa.

João Aguiar, nascido a 20 de Maio de 1989, teve um longo interregno esta época devido a uma lesão grave. A sua raça e empenho são a sua imagem de marca. E se despediu-se com um golo antes da lesão viria a surgir com outro golo em Mangualde.

Qual o percurso que fizeste até chegares ao Académico.
O Académico foi o meu primeiro clube, desde os 7 anos.

Durante o tempo que já joga futebol decerto já teve bons momentos. De qual se recorda mais?
O segundo ano de iniciado no qual passamos à fase seguinte do nacional com um grande esforço e dedicação e o ultimo campeonato ganho pelos juniores.

E algum momento para esquecer?
As duas maiores lesões que tive, a fractura do maxilar superior no campeonato de iniciados e a rotura de ligamentos cruzados nos juniores. São momentos muito difíceis, principalmente vendo os jogos em que a equipa sentiu mais dificuldade. Dava vontade de “saltar” para dentro do campo.

Que treinador se lembra melhor por o ter marcado ate agora?
Paulo Chaves, treinador do meu segundo ano como iniciado. Passamos a fase seguinte só com mérito próprio. Um treinador que consegui juntar 20 jogadores que praticamente não se conheciam na equipa mais unida que tive em 11 anos de futebol de formação. O espírito de equipa, o rigor, respeito, esforço, dedicação e a forma como fomos apoiados foram fundamentais e outro treinador não teria “mão” para unir aquela equipa e não tolerar indisciplinas. Um modelo!

Sendo um jogador que assistiu ao término de um clube, como foi sentires o fim do CAF? Que reacção?
No meu caso particular já o esperava desde o inicio da época. O Académico deixou oficialmente de participar nas competições oficiais em Dezembro, e no caso dos juvenis já se esperava desde Setembro. Talvez tenha sido melhor assim. O pior ano no Académico, tanto desportivamente como pessoalmente não houve evolução.

Qual a tua opinião sobre este novo clube? Ou o espírito do antigo CAF mantem-se?
O peso da camisola é o mesmo, o orgulho com que a vestimos é o mesmo, talvez em termos de apoios seja diferente, mas o espírito permanece.

Como foi estar sem jogar este tempo?
Foi o pior momento desde que jogo. Já tinha sofrido uma lesão também grave nos iniciados, como não necessitei de recuperação perdi apenas 3 jogos e consegui jogar a fase final e decisiva do nacional. Neste caso foi pior, pois tinha feito uma boa pré-epoca, estava em boa forma e sentia que ia ser um grande ano, na semana antes do inicio do campeonato sofri a lesão. Só fui operado em Outubro e a recuperação acabou por durar até Março, o tempo que estive de fora custou muito. Ainda que fosse ao balneário dar o apoio aos meus colegas e tivesse sempre presente na bancada acaba por ser doloroso ouvir coisas daquele lado do campo das pessoas que não sabem o quanto se trabalha ali.

O que pensou nesta fase menos feliz?
Foi tão frustrante que na semana em que me lesionei cheguei a pensar em desistir. Tinha passado todo o Verão a trabalhar para perder tudo em 20 minutos de jogo.

Vindo de uma lesão ainda conseguiste ser marcar um golo e ser campeão. Como te sentiste?
Foi espetacular, só ainda tinha feito os últimos 10 minutos em dois jogos anteriores e naquele entrei a 15 minutos do fim, ganhávamos 5-0 e o campeonato já ninguém nos roubava mas eu ainda tinha que provar que podia ter sido uma grande época e tive essa sorte.

Após um campeonato sempre a par do Viseu e Benfica qual foi para si o jogo em que a questão de campeão se decidiu?
Todos, nós na ultima jornada já éramos campeões e voltamos a golear. O Campeonato decidiu-se jornada a jornada. E talvez as mais difíceis tenham sido as primeiras. Vila Nova de Paiva que empatamos, ou em Penalva do Castelo que ao intervalo já perdíamos por 3-0 e conseguimos empatar no final por 3-3 talvez tenham sido os mais importantes, claro que o 5-0 na fase final ao Viseu e Benfica também foi importante, mas esse já todo o grupo o esperava, estávamos muito unidos e tínhamos 11 jogadores em campo, mostramos quem é o melhor.

Nesta mesma fase final tiveram um passo atrás com o empate em casa com o Vale de Açores. Como foi digerir esse resultado?
As grandes equipas, como esta do Académico, são assim. Reagem bem!

Qual a opinião sobre os “rivais” que defrontou nesta fase final? O mais difícil e o mais acessível?
Difícil Lamego e Fácil Mangualde.

Qual a sensação que sentiram após terem assegurado esse mesmo título?
Missão Cumprida.

De fora via-se que o vosso grupo era mesmo um grupo na sua totalidade. Isso foi preponderante para o êxito?
Claro, é sempre importante, como já o referi a vitória ao Viseu e Benfica deu-se principalmente por muito querer de todos.

Para o ano vão disputar a 2 Divisão do Nacional de Juniores, Como achas que vai ser o campeonato?
Penso que deve ser encarado da mesma forma como foi este último. O objectivo deve ser o de CAMPEÃO, para voltar a por o Académico de onde nunca devia ter saído. De referir que em 11 anos de clube, campeonatos ganhos foram 10 (entre distritais e passagens a fase seguinte do nacional) faltando mesmo só no ano de extinção do CAF, por isso mesmo, fica o recado aos Mister’s quando se entra é para ganhar!

Que sonho alimentas agora?
Uma época sem lesões.

A nível de futebol qual o seu ídolo?
Fábio Paím, acompanhei o seu crescimento como jogador desde as selecções mais jovens onde nos cruzamos, espera-se um grande futuro.

Que relação achas que existe entre adeptos academista e jogadores?
Como passei mais tempo do lado da bancada que dentro do campo talvez tenha uma melhor ideia do comportamento dos adeptos que outros e por isso apela-se ao bom senso de cada um, fazemos o que gostamos porque queremos, não somos pagos por aquilo que fazemos e alguns de nós fazem um grande sacrifício para poder estar ali ao fim de semana quem n sabe o quanto se trabalha ali não devia ter o direito de opinar. Fica a chamada de atenção para a falta de publico no clube mais representativo da região de Viseu.

Uma palavra final para os sócios, adeptos e leitores do blog das camadas jovens.
Em primeiro queria agradecer ao senhor Jorge Sá pelo bom trabalho no blog. Para os adeptos e leitores, obrigado por tudo.
Académico rumo aos Nacionais!

O nosso muito obrigado pela ajuda que nos deu na realização desta entrevista e votos de sucesso nesta nova época que se avizinha para que os objectivos principais sejam cumpridos. João sabes que podes contar sempre comigo e que este ano possamos fazer mais algumas apostas, como fiz este ano passado! E olha que o meu feeling resulta.

Um abraço
Jorge Sá

19 julho 2007

Conversando com Zé Luis


Zé Luís, nascido a 16 de Abril de 1988, foi um dos indiscutíveis na equipa dos Juniores. Alinha do lado direito da defesa e correu quilómetros por jogo alimentando também o ataque. Com ele a equipa academista conseguiu obter o seu principal objectivo e acabando o seu ciclo de formação conversamos com ele para saber que futuro irá ter.

Qual o percurso que fizeste até chegares ao Académico.
Não houve percurso. Nos iniciados um amigo (Alex) convidou me para ir lá fazer a pré-época. Fiquei surpreendido com tanta gente a querer treinar e nunca esperei ficar no plantel pois já era muito forte. Tive a felicidade de lá ficar.

Durante o tempo que já joga futebol decerto já teve bons momentos. De qual se recorda mais?
O jogo Académico-Porto na fase final dos iniciados. Nunca vi o fontelo com tanta gente como nesse dia. Foi fantástico.

E algum momento para esquecer?
Há momentos menos bons mas nunca são para esquecer mas sum para lembrar e aprender com eles.

Que treinador se lembra melhor por o ter marcado ate agora?
Lembro-me de todos e todos me deram sempre uma grande ajuda. Iniciados mister Vasco q foi ele que me lançou na altura a extremo direito. Depois nos juvenis o mister Raposo que fez a jogar a lateral e agora nos juniores o mister Pipo e o mister Carlos que foi com quem mais aprendi sem dúvida.

Sendo um jogador que assistiu ao término de um clube, como foi sentires o fim do CAF? Que reacção?
Do pior que pode haver. Ouvi alguns comentários na escola mas pensei que fosse brincadeira. No fim do dia fui para o fontelo para treinar e quando vi a cara dos meus colegas reparei que era verdade. Foi muito mau mesmo.

Qual a tua opinião sobre este novo clube? Ou o espírito do antigo CAF mantém-se?
Quem faz o clube não é o nome são as pessoas que estão lá. São quase as mesmas pessoas por isso o espírito lutador e ganhador mantém-se.

Falando da temporada qual o jogo ou jogos que custou mais a pontuar?
Penso que o paivense foi uma equipa difícil para nós. Não nos adaptávamos ao sistema e a maneira deles jogarem.

Após um campeonato sempre a par do Viseu e Benfica qual foi para si o jogo em que a questão de campeão se decidiu?
No jogo contra eles. Fizemos um grande jogo o resultado foi fantástico moralizamos e a partir dai sabíamos que ninguém nos ia conseguir parar.

Nesta mesma fase final tiveram um passo atrás com o empate em casa com o Vale de Açores. Como foi digerir esse resultado?
Foi difícil no treino asseguir ao jogo mas felizmente tínhamos pessoas connosco que nos souberam motivar e fazer perceber que aquilo acontece e que nada estava perdido. Mostraram sempre muita confiança nos jogadores.

Foi uma semana de contrastes. Como foi sair de um empate rumo a um ciclo vitorioso?
O empate de certa forma fez com que a equipa se torna-se ainda mais unida. Fez-nos sentir que se algo de errado volta-se a acontecer não iríamos conseguir o nosso objectivo. Felizmente a partir daí tudo correu ao nível da nossa equipa.

Qual a opinião sobre os “rivais” que defrontou nesta fase final? O mais difícil e o mais acessível?
O Viseu Benfica é sempre um adversário difícil. Tinham bons jogadores, muitos deles nossos amigos. Mas é daqueles jogos que todos os jogadores gostam de jogar. Não houve equipa mais acessível pois contra o académico toda gente da tudo e tornou-se sempre complicado principalmente os jogos fora.

Qual a sensação que sentiram após terem assegurado esse mesmo título?
Sensação do dever cumprido. Foi para aquilo que andamos uma época inteira a treinar.

De fora via-se que o vosso grupo era mesmo um grupo na sua totalidade. Isso foi preponderante para o êxito?
Claro. Puxávamos todos para o mesmo lado e isso é sempre muito importante.

No fim de um ciclo de formação como foi este vivido? E agora que futuro?
É sempre difícil saber que acabou. Mas é com orgulho que acabo as camadas jovens neste clube. O futuro é sempre incerto.

Que sonho alimentas agora?
Para já gostava de continuar a jogar no clube do coração.

Como é ver colegas jovens vindo da formação do clube se afirmarem na equipa titular dos seniores? Tem o mesmo objectivo?
Sim o objectivo é esse apesar de saber que é muito difícil pois o plantel sénior tem grande qualidade.

Qual o seu ídolo?
Paulo ferreira (Chelsea)

Uma palavra final para os sócios, adeptos e leitores do blog das camadas jovens.
Só queria pedir a todos que continuem a apoiar o nosso Académico e que este blog nunca acabe.

O nosso muito obrigado pela ajuda que nos deu na realização desta entrevista e votos de sucesso nesta nova época que se avizinha para que os objectivos principais sejam cumpridos.

Um abraço
Jorge Sá

17 julho 2007

"Aos academistas"

"Para os meus atletas e verdadeiros academistas

Neste momento, recordo-me de muitas coisas: dos atletas, dos seus familiares e dos grandes academistas que nunca desistiram de lutar e que muitos sacrifícios fizeram para dignificar e honrar o nosso Académico.
Não me posso esquecer das grandes “batalhas” que travámos e dos fantásticos resultados que obtivemos, entre os quais: Campeões de Escolas; Fase Final do Nacional de Juniores; Permanência na 1ª Divisão e, nesta ultima época, Campeões Distritais de Juniores. Momentos fantásticos….grandes equipas….que grandes balneários eu tive…éramos uma família!!
Nunca me vou esquecer, também, daquele triste dia em que tive de comunicar aos meus atletas que já não haveria jogo no sábado seguinte, porque tinha sido pedida a insolvência do clube e, consequentemente, iriam retirar-lhes o que eles mais gostavam de fazer, que é jogar futebol.
Foram momentos arrepiantes. Deparei com atletas de lágrimas nos olhos e com todo o plantel abraçado a confortar-se mutuamente. Mas foram esses momentos que nos espicaçaram e nos deram força para dar a volta por cima, com o objectivo de voltarmos aos nacionais já este ano.
Blindámos o nosso balneário contra tudo e todos, e com muito trabalho, sacrifício e profissionalismo conseguimos os nossos objectivos, pois eram muitos aqueles que, ao longo de toda a época, foram esperando de uma forma até doentia, pela notícia de uma derrota dos Juniores do Académico. É com orgulho que afirmo que não lhes foi consentida essa alegria e acabámos vitoriosos e invictos.
Para todos vós, grandes campeões, os meus sinceros e sentidos agradecimentos e muitas felicidades!!
Ao rever todo este percurso como treinador da formação do Académico, estou de consciência tranquila, já que trabalhei sempre com grande honestidade e dedicação, podendo, ao contrário de outros que por lá gravitam, dizer de alto e bom som, que nunca ganhei um euro com o clube, muito pelo contrário, dispus, muitas vezes, do tempo da minha vida profissional e familiar, sempre com o objectivo de honrar e levar mais além o nome do nosso Académico.
Não pensem que estou arrependido, antes pelo contrário, que grande orgulho me deu ter representado esta instituição que sempre respeitarei, ter partilhado e realizado grandes amizades durante todos estes anos, ainda que por vezes, tenha conhecido também algumas pessoas sem carácter, mas esses … enfim, que Deus os ajude a crescer como homens sérios e íntegros.
Admito que cometi dois grandes erros, e que se revelaram decisivos: um deles foi ter confiado nos que me deram a cobarde “facada nas costas”, e o outro prende-se com o facto de felizmente ter sempre conseguido resultados tão meritórios. Não tenho, pois, a menor dúvida que tais factos incomodaram muito boa gente.
Aproveito, também, para referir e deixar bem claro, que os motivos que precipitaram a minha saída do clube foram os que vou enunciar:
Em primeiro lugar, não aceitei treinar o escalão de iniciados, não por sentir que isso fosse uma despromoção, mas sim porque foi uma imposição, já que tenho uma enorme estima e consideração por todos aqueles que se encontram nesse escalão. Em segundo lugar, não aceito permanecer nesta estrutura uma vez que, falar neste sistema de rotatividade, muito honestamente, foi uma forma simpática de me convidarem a sair, e justifico esta afirmação porque entendo que os procedimentos e as alterações não deviam ter sido dadas através de recados, mas sim, convocando os interessados, apresentando aí os assuntos e propostas para estes serem posteriormente discutidos em sede própria sobre as vantagens e desvantagens desta reorganização estrutural de recursos humanos, bem como as suas implicações futuras, sempre na presença dos coordenadores do futebol formação e de todos os técnicos do clube.
Não concebo, também, qualquer tipo de reorganização estrutural sem previamente ser conhecido ou apresentado um projecto para o futebol de formação ou, pelo menos, haver a coragem de se apresentar o rosto desse projecto, ou será que há rostos que só aparecem quando se ganha!?
Neste momento, atrevo-me a perguntar, como academista que sou: Será que existe alguma linha orientadora para o arranque deste processo que tenha por base conteúdos bem programados? Existirá, de facto, um modelo de formação estruturado? Que critérios foram utilizados para definir as competências dos diferentes treinadores e a sua colocação nos diferentes escalões? Simpatia apenas…Amizade…Compadrio….enfim, quem decidiu que responda pelas suas decisões e apostas!
Não posso, também, deixar passar este momento, para afirmar de forma categórica, que ao contrário do que alguém disse, não pretendo nem nunca pretendi destabilizar a estrutura do clube.
Relativamente a este assunto, este será o meu último comentário, porque não faz parte da minha educação e do meu conceito de vida valorizar comentários infelizes de pessoas que considero limitadas, mal formadas, pouco sérias e sem idoneidade pessoal e profissional. Estou, pois, absolutamente convicto que o tempo se vai encarregar de repor a verdade.

Para finalizar, e porque foi este o principal motivo que me fez sentir na obrigação de escrever este texto, quero agradecer a todos aqueles que ficaram perplexos, e até indignados com a minha saída do clube e que comigo foram solidários neste momento particularmente difícil.
Para atletas, pais dos atletas, amigos, academistas, e muito especialmente à minha família o meu obrigado por tudo!!

Nota Final: O meu agradecimento especial para os autores/gestores dos Blogs, AVFC Camadas Jovens e Magia do Futebol que sempre nos acompanharam!" - José Pipo

Como reparam transcrevemos uma nota enviada pelo Mister Pipo de forma a acabar de vez com tudo o que a notícia da sua saída despoletou, esperando que o assunto fique encerrado e que os verdadeiros academistas se unam para os NOSSOS objectivos serem atingidos. Força ai campeões!

10 julho 2007

Porquê Sr. Idalino?

Como todos já devem saber o nosso amigo e treinador Pipo saiu do Académico Viseu.
Não que fosse essa a sua vontade mas sim porque foi empurrado por alguém que se sentiu ameaçado. Não percebo o porque deste vontade mas que ela foi real foi.
Se há dois culpados nesta saída que a todos surpreendeu uma é o Sr. Idalino (o principal mentor e pessoa desagrada com a presença do mister Pipo na hierarquia do clube) e depois o Sr. Albino, o presidente que não soube aguentar um treinador que "apenas" conseguiu fazer com que fossemos campeões e essencialmente trazer os Juniores de volta aos Nacionais, de onde saímos sem culpa nenhuma no cartório. Como se diz na gíria popular não os teve no sítio para defrontar alguem que lhe impôs esta sua decisão.
Saberá o Sr Idalino ( ou no seu mundo, isto não aconteceu??) que foi este mesmo treinador que há uns anos conseguiu levar o nosso Académico à fase final dos Juniores vencendo colossos no futebol nacional de Juniores, entre eles Boavista, Porto.
Ou isto não é ter valor????
Foi dito ao treinador Pipo que não tinha qualidade tecnica e capacidade de orientar uma equipa de Juniores: palavras essas do Sr. Idalino mas que não soube ou teve sequer coragem de confrontar olhos nos olhos a pessoa que queria mandar embora! É fácil mandar embora alguém quando se tem o poder. Poder este dado por um presidente que parece não confrontar (ou pelos menos conseguir) o técnico dos SENIORES!!
Ou será que tem medo de alguma coisa que nós nao conhecemos? Será??
Falem com os jogadores, com técnicos, com adeptos e vejam o que eles dizem sobre este grande treinador que é o Pipo.
Este homem sem coragem apenas está no clube há 10 meses, o Mister Pipo está há 8 ANOS!
Depois de tanto sacrificio e dedicação ao nosso CLUBE, ao nosso ACADEMICO vem este senhor com a moral que este presidente lhe dá e manda assim um Homem com esta qualidade embora.
Enfim basta! Se o Sr Albino não tem coragem de confrontar o bicho-mau que é o Sr. Idalino saia pois não é assim que motiva os adeptos a ter amor a um clube recente mas que parece ter os males do antigo.
Sei que nós queremos o bem do nosso clube e vocês querem o mesmo???
Falo agora em especial ao novo treinador Paulo Chaves.
Quero que saiba que nada me move contra si e estarei sempre consigo naquilo que precisar para este ano. Sei que não tem nada haver com este processo e tal como qualquer profissional após um convite de comandar este navio que é o Académico claro que fez bem em aceitar.
Senão fosse o Sr seria outro e se calhar desconhecido.
Sei que vai fazer o melhor pelo NOSSO ACADÉMICO!
Finalizando saibam que estou ENOJADO com todos estes meandros que envolvem um clube que todos queremos forte e que me parece que assim não se vai conseguir. E já agora Sr. Albino espero que saiba nem que seja apoiado pelo Sr. Idalino que foram 2 equipas da formação que subiram e não 3 como numa entrevista assim disse. Ponha-se ao corrente da formação para que o seu objectivo de sermos uma referência na formação seja atingida!

Para ti amigo Pipo, onde estiveres terás sempre aqui (um amigo) e tenho a certeza que o teu academismo nunca irá acabar. Obrigado por tudo amigo.

07 julho 2007

E noticias? (Actualização)

Estamos a pouco mais de um mês do começo dos campeonatos, e nestes instantes embrionários da competição existem movimentações necessárias para que uma época corra pelo melhor. Para isso tem que existir uma equipa técnica definida, para que comece a ver jogadores que possam interessar para a concretização dos objectivos que queremos.
Assim surge-me esta pergunta li em vários blogs que iria haver mudanças nos corpos técnicos das camadas jovens. Isto é verdade?
Será verdade que o Mister Pipo, treinador dos Juniores vai sair do seu posto após ter atingido a subida tal e qual os galácticos de Madrid fizeram com um treinador campeão? Será mais um tiro nos pés?
Como será com o treinador João, Santos entre outros?
Será que o bom trabalho não merece uma confiança dos dirigentes? Ou tal como o caso que referi anteriomente ser campeão e obter uma época grandiosa não chega? Ou mesmo não sendo campeão ficar em lugares cimeiros será que não devemos dar mérito?
Penso que é importante saber isto para que mais para a frente não nos queixemos que os objectivos não foram cumpridos.
Gostavamos de saber novidades, para que este ano possamos comemorar todos os feitos da nossa formação e tentar se possível repetir os feitos deste ano?

Para quando noticias? (Actualização)
Já que as noticias não são encontradas em lado nenhum, temos que as procurar e infelizmente p que parecia um boato, ou uma noticia sem fundamento parece que é verdadeira e o mister Pipo não comandará a equipa que ajudou a subir. Vamos lá perceber! Será que teremos a honra que nos expliquem o que se passou ou esta a passar e expliquem como pode acontecer uma injustiça e ingratidão destas?
Para ti amigo Pipo, onde estiveres terás sempre aqui e tenho a certeza que o teu academismo nunca irá acabar. Obrigado por tudo amigo.

06 julho 2007

Conversando com o capitão Pipa

Manuel Pipa, nascido a 4 de Junho de 1992, é um jogador dos Iniciados do Académico de Viseu. É o fantasista da equipa que consegue distribuir o jogo para os seus colegas atacantes sendo um dos esteios de uma equipa que conseguiu o seu objectivo principal que era o acesso aos Nacionais. Recentemente foi chamado à equipa da selecção de Viseu, o que mostra o seu real valor


Qual o percurso até chegares ao Académico.
Nunca tive um percurso até chegar ao Académico, decidi que queria jogar futebol e logo de imediato escolhi o CAF, a melhor escola de formação de Viseu na altura. E o resultado vê-se agora, com os belíssimos jogadores que tem formado.


Durante o tempo que já jogas futebol decerto já tiveste bons momentos. De qual te recorda mais?
Sem dúvida, a época de 2º ano de infantil, com o mister João, um campeonato conseguido com uma vitória por 7-1 e um percurso até lá, sem uma única derrota.

E algum momento para esquecer?
Sim, além de não ter sido o meu escalão e além de ter tido a honra de ajudar nos juvenis nesta época, acho que o objectivo e obrigação era subir as Nacionais, mas tudo começou logo mal e já era tarde.

Que treinador te lembras melhor por te ter marcado ate agora?
Para mim, ainda não houve um único mau treinador que me tenha treinado, a mim e aos meus colegas. Campeões de escolas com o mister Vitinho, boa época com o mister Mirandez, onde acho que foi aí que dei “ o salto “ enquanto jogador, e depois para aprofundar tudo o que aprendi, mister João, com quem ganhei dois títulos.
Sendo um jogador que assistiu ao término de um clube, como foi sentires o fim do CAF? Que reacção?
Como todas as semanas, os jogadores preparavam-se para mais um treino, e naquela altura estávamos em 4º no campeonato Nacional, quando vimos que se reuniram muitas pessoas da direcção do clube. Comunicaram-nos o sucedido, e ninguém queria acreditar, em redor via todos os meus colegas chorar. Dirigimo-nos até la fora, com a angustia e a frustração de não termos sido os culpados de nada. Mas mesmo assim cantávamos pelo CAF, todos abraçados, todos a saltar.

Qual o jogo ou jogos que custou mais a pontuar?
Este ano sem duvida, frente ao Viseu e Benfica, equipa que lutou muito para fazer sofrer o CAF.
Após um campeonato sempre a par do Viseu e Benfica qual foi para ti o jogo em que a questão de campeão se decidiu?
O ultimo contra o Viseu Benfica, decerto. Grande jogo, muita garra, muito querer.
Qual a opinião sobre os “rivais” que defrontou nesta fase final? O mais difícil e o mais acessível?
Mais difícil, como durante toda a época, o Viseu Benfica. O mais acessível foi o Cinfães, equipa que pouco percebe de “ bom futebol “.

Sendo o capitão de equipa, o que achas que um jogador precisa de ter para assumir esse papel tão importante?
Primeiro, muita responsabilidade, tem de ser o jogador que mais quer ganhar, que consegue obter a correspondência dos colegas quando dá uma “ ordem “ e principalmente, grande confiança por parte do treinador e colegas.
Qual a importância que um capitão deve ter na equipa e no grupo?
O capitão deve ser aquele que nunca desiste, em nenhum momento, o que consegue transmitir a ideia do mister para dentro do campo, aquele que tem de conseguir unir o grupo quando algo menos bom se passa.

Sendo das equipas que mais gente levava aos estádios pode-se dizer que esse apoio foi fundamental para a concretização dos vossos objectivos?
Sim sim, ao contrário de outros escalões, sempre tivemos o apoio de pais e adeptos, o que nos dava uma maior vontade de ganhar por este Académico que amamos.

Para o ano vão disputar o Nacional de Iniciados, Como achas que vai ser o campeonato?
Eu não vou fazer parte desse grupo, mas acho que não vai ser nada fácil para os meus colegas iniciados, uma vez que é o campeonato Nacional, mas têm um bom grupo de trabalho para aperfeiçoar.

Que sonho alimentas agora?
O meu sonho é chegar a profissional de futebol, tenho cumprido grandes objectivos como estar na selecção nacional, ter convites para me mostrar por parte de clubes grandes como Sporting e Benfica e tudo graças a formação que o CAF me proporcionou.
A nível de futebol qual o teu ídolo?
Não tenho um ídolo, mas tenho admiração por todos aqueles que passam momentos difíceis na vida, para não falar apenas no futebol, e que nunca desistem e conseguem alcançar o seu sonho. Tudo é possível…uma mensagem para todos os meus colegas. Basta querer.
Uma palavra final para os sócios, adeptos e leitores do blog das camadas jovens.
Queria apenas dizer que representar o académico é uma honra para nós, é o clube que amamos desde pequenos, pelo qual lutamos desde pequenos. Acreditem em nós, apoiem-nos, porque decerto vamos mostrar a força do Académico nesta próxima temporada.
ACADEMICO NO CORAÇÃO.

O nosso muito obrigado pela ajuda que nos deu na realização desta entrevista e votos de sucesso nesta nova época que se avizinha para que os objectivos principais sejam cumpridos.

Um abraço
Jorge Sá

01 julho 2007

Uma conversa com Ferreirinha


Fábio Ferreirinha, nascido a 17 de Fevereiro de 1991, é um jogador que nos habituou ao seu bom futebol e que consegue levar a equipa para o ataque e ao mesmo tempo não descurara defesa.
Desta forma no meio campo é um jogador que desponta e foi várias vezes um dos jogadores preponderantes na base da equipa academista de Juvenis.

Durante o tempo que já joga futebol decerto já tiveste bons momentos. De qual te recordas mais?
O momento que eu recordo mais foi o meu primeiro ano que joguei futebol federado. Joguei sempre no académico e acho que fiz uma boa época quando era escolinha.

E algum momento para esquecer?
O meu momento para esquecer foi mesmo este ano porque não conseguimos chegar ao nosso objectivo e ficamos todos muito tristes por isso.
Que treinador te lembras melhor por te ter marcado até agora?
Todos os meus treinadores me ensinaram o quanto sei até hoje e agradeço a todos eles mas houve 2 treinadores que me marcaram que foi as 2 épocas onde gostei mais de trabalhar que foi com o mister Pipo nas escolinhas e o mister João Gomes nos iniciados.

Sendo um jogador que assististe ao término de um clube, como foi sentires o fim do CAF?
Este fim foi muito profundo porque todos vimos o nosso académico que gostamos muito chegar ao fim. Chorei muito quando o académico acabou. Nós estávamos a meio da época e estávamos a fazer uma época boa nos iniciados ate que um dia chegou o aviso que tinha acabado o académico para mim foi um choque muito grande. Foi muito difícil lidar com o fim do clube que tanto gosto.
O que achaste do campeonato realizado pelos jovens juvenis academistas?
Eu acho que não foi a nossa pior época mas também não foi boa. Além de nós não conseguirmos atingir os nossos objectivos que era sermos campeões também não tínhamos muito a confiança e a ajuda do nosso público.
Falando mais concretamente desta época após um bom começo a equipa teve a sua primeira derrota na 6 jornada e ressentiu-se. A que se deveu este momento negativo?
Sinceramente não sei a que se deveu este momento. Sei que nós jogadores ressentimos essa derrota e a partir daí ate acabar a primeira volta não nos conseguimos recompor. Eram discussões entre jogadores e treinadores, jogadores entre jogadores não sei o que se passou
Após uma segunda volta onde não obteve nenhuma derrota os jogadores chegaram ainda a acreditar que era possível atingir a meta traçada?
Sim na segunda volta conseguimos fazer uma segunda volta boa e acreditamos até ao final ate ao último jogo apesar de sabermos que iria ser muito difícil chegar ao nosso objectivo.

Para si qual foi o jogo fulcral para que a fase final não fosse atingida?
Acho que o jogo foram o jogo da segunda volta contra o molelos que empatamos e no meu entender tínhamos muitas capacidades para o vencer e o jogo contra o mortágua em casa que também empatamos e poderíamos ter ganho.

O que faltou para que esse objectivo da fase final não fosse concretizado.
No meu entender faltou muita coisa. Faltou mais espírito de sacrifício entre todos, mais respeito por todos entre muitas coisas.
Dos jogadores que viste alinhar durante o campeonato será possível definir para nós a sua equipa “de sonho”?
Existem vários jogadores muito bons em todas as equipas.
Sendo das equipas que mais adeptos e apoio levavam aos estádios, quer em casa quer fora, como sentiram por vezes o menor apoio dado pelos adeptos em casa?
Quando jogávamos em casa parecia que jogávamos fora. Sem quase ninguém para nos apoiar devido aos nossos maus resultados e também as más reacções do nosso publico. Sentíamos pena disso tudo pois gostaríamos que nos apoiassem.

Que sonho alimenta agora?
Acho que o sonho que nós queríamos era poder levar o académico novamente à primeira liga onde já estivemos.

Tem algum ídolo?
Tenho um jogador que gosto muito de ver jogar e também é médio centro que é o Káká.

Uma palavra final para os sócios, adeptos e leitores do blog das camadas jovens.
Queria deixar aqui um grande obrigado ao Jorjão pelo grande blog e o grande trabalho que tem para sustentar o blog que está em todos os jogos quando pode e nos apoia sempre. OBRIGADO JORJÃO.
Queria também dizer a todos os sócios e leitores deste grande blog para nunca abandonarem os atletas das camadas jovens pois todos eles necessitam da vossa ajuda e do vosso apoio para conseguirem chegar ao objectivo que e serem campeões. Nunca abandonem os atletas apoiem sempre quer nos bons quer nos maus momentos. Académico para sempre.
Todos querem ver este Académico no fundo do poço mas nós resistimos a tudo e a todos.
ACADEMICO SEMPRE!
Obrigado a todos.

O nosso muito obrigado pela ajuda que nos deu na realização desta entrevista e votos de sucesso nesta nova época que se avizinha de forma a que o objectivo dos Nacionais seja concretizada. Conta aqui sempre comigo, nos bons e maus momentos cá estarei. Obrigado amigo!

Um abraço
Jorge Sá